quinta-feira, 23 de abril de 2015

CASTORA

José Ovídio, apelidado de “CASTORA”, obteve este apelido devido ao nome de sua mãe  Sra. Castorina Maria de Jesus, era uma  pessoa muito conhecida na cidade.
 Na lembrança da população fica sempre marcada seus mergulhos no Rio Formiga de madrugada para tomar banho, esta era sua rotina diária e maior passa tempo, costumava pular da ponte do Engenho de Serra, era considerado um bom nadador, gostava mesmo de nadar em tempos em que o rio estava cheio, com exoradas fortes, era um especialista nesta façanha.
            Fazia questão de cumprimentar a todos, acenando e expedindo um sorriso cativante. Os atiradores do Tiro de Guerra o apelidaram de “Patriota”, pois quando a tropa desfilava pela cidade ele fazia posição de sentido, batia continência e ainda cantava o Hino Nacional nas cerimônias militares.
            Todo  dia ia à Fazenda do Sr. Aureliano (hoje Policia Civil) e ali bebia muito leite que lhe era ofertado. Sua alimentação diária era feita pelas ruas, voltava para casa de tardizinha, carregando sempre muito papeis, papelões e outras coisas sem valor e depositava tudo isto debaixo de sua cama, quando sua casa enchia de tanto lixo, familiares  e amigos faziam a limpeza.
            Quando o cabelo e a barba do Castora estavam muito grandes, para conseguir cortá-los, o Sr. Caixa tio do mesmo, tinha que chamar a policia para prendê-lo, para que pessoas já acostumadas com ele fizessem o corte e logo era solto novamente, esta rotina sempre acontecia sem agressões e não tinha muito tumulto.
            Falavam que a maneira mais fácil de conseguir chegar perto dele, era só possuir nas mãos um pedaço de caçarola, alimento que ele apreciava muito.

            Faleceu dia 04 de janeiro de 1983, com uma morte trágica, atropelado por um trem perto da Fazenda do Sr Aureliano, foi sepultado no Cemitério do Rosário, Túmulo . 792 – Quadra ‘’I”.

História - João Carlos Vespúcio

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