quinta-feira, 23 de abril de 2015




CEMITÉRIO PARQUE DA SAUDADE

Teve inicio suas atividades em 23 de dezembro de 1996, localizado no Bairro Cidade Nova, o cemitério denominado PARQUE DA SAUDADE, trata-se de uma obra da administração do Sr. Prefeito Juarez Carvalho. O cemitério teve sua inauguração em um momento certo, pois os outros cemitérios urbanos já não comportavam mais a demanda existente na época de sepultamento, pois já existia um congestionamento de túmulos nos cemitérios do Santíssimo e do Rosário construídos e utilizados a mais de 100 anos.
A área total do empreendimento é de 17.000 mil metros quadrados, com toda infraestrutura.
O projeto arquitetônico e regulamentação de funcionamento foram baseados em cemitérios considerados modelos na região
Para que tivéssemos esta formidável obra em nossa cidade, um cemitério considerado hoje o melhor e mais moderno da região, destacam-se na administração da época:
Prefeito Municipal: Juarez Eufrásio de Carvalho
Secretário de Saúde: Dr. Alberico Salazar Neto
Secretário de Obras: Edilson Alves Pereira
Secretario de Fazenda: José Aluísio Baptista de Souza
Procurador Municipal: Josiel Carrilho Machado


Marcas deixadas que fazem a diferença na história.  -  João Carlos Vespúcio
Cemitério de Baiões

Túmulos cadastrados, inumações informatizadas.



CEMITÉRIO DE PONTE VILA

Hoje conta com velório, com banheiro e outras melhorias. Os Túmulos são todos cadastrados e as inumações realizadas são informatizadas.




CAPELA MARIA RODRIGUES







A ideia e mostrar o trabalho e a dedicação da equipe para as melhorias que a população formiguense merece e a dignidade de seus entes.


QUADRA DO ASILO E NATIMORTOS












O amor e dedicação, feitos no dia a dia sem medir esforços. Trabalhos e melhorias entregues a população todos os dias com pequenas e grandes mudanças e edificações.



VELÁRIO - Construído em 2014, com a finalidade de evitar que os visitantes e familiares ascendessem velas no interior da capela, a partir de então passaram a fazer este ato no interior do velário.

Inaugurado FINADOS 2014







Esta cruz tem mais de 60 anos e fazia parte de um túmulo reformado no Cemitério de Albertos, está localizada na quadra 01 - Cemitério Parque da Saudade.

Construído em novembro 2012







        Quadra do ASILO e NATIMORTOS, construída em 2007 e teve sua área modernizada e a obra totalmente finalizada em Novembro de 2011. 
            A finalidade da obra era dar maior dignidade aos inumados que ali seriam sepultados.

FINADOS 2011









CAPELA - CONSTRUÍDA E FINALIZADA FINADOS 2008






CASTORA

José Ovídio, apelidado de “CASTORA”, obteve este apelido devido ao nome de sua mãe  Sra. Castorina Maria de Jesus, era uma  pessoa muito conhecida na cidade.
 Na lembrança da população fica sempre marcada seus mergulhos no Rio Formiga de madrugada para tomar banho, esta era sua rotina diária e maior passa tempo, costumava pular da ponte do Engenho de Serra, era considerado um bom nadador, gostava mesmo de nadar em tempos em que o rio estava cheio, com exoradas fortes, era um especialista nesta façanha.
            Fazia questão de cumprimentar a todos, acenando e expedindo um sorriso cativante. Os atiradores do Tiro de Guerra o apelidaram de “Patriota”, pois quando a tropa desfilava pela cidade ele fazia posição de sentido, batia continência e ainda cantava o Hino Nacional nas cerimônias militares.
            Todo  dia ia à Fazenda do Sr. Aureliano (hoje Policia Civil) e ali bebia muito leite que lhe era ofertado. Sua alimentação diária era feita pelas ruas, voltava para casa de tardizinha, carregando sempre muito papeis, papelões e outras coisas sem valor e depositava tudo isto debaixo de sua cama, quando sua casa enchia de tanto lixo, familiares  e amigos faziam a limpeza.
            Quando o cabelo e a barba do Castora estavam muito grandes, para conseguir cortá-los, o Sr. Caixa tio do mesmo, tinha que chamar a policia para prendê-lo, para que pessoas já acostumadas com ele fizessem o corte e logo era solto novamente, esta rotina sempre acontecia sem agressões e não tinha muito tumulto.
            Falavam que a maneira mais fácil de conseguir chegar perto dele, era só possuir nas mãos um pedaço de caçarola, alimento que ele apreciava muito.

            Faleceu dia 04 de janeiro de 1983, com uma morte trágica, atropelado por um trem perto da Fazenda do Sr Aureliano, foi sepultado no Cemitério do Rosário, Túmulo . 792 – Quadra ‘’I”.

História - João Carlos Vespúcio





Cemitério do Rosário - Dona Nina



História - João Carlos Vespúcio
José Theodoro de Melo, conhecido como Zé da Areia. Todos os dias, por volta das 04h30min da madrugada, ia com sua enxada e pá para o areão, onde hoje está localizada o Terminal Rodoviário. Ali ele tirava areia e enchia caminhões e ainda fazia serviços com sua carroça e seu cavalo Brinquinho. Morou por mais de 60 anos, nos terrenos do Sr Licínio Pinto, onde havia apenas a casinha dele. A casa é a mesma até hoje e está localizada na Rua Hélio Arcanjo, perto da sede da Igreja Batista. Seu passa tempo era trabalhar e cuidar de sua família. Era casado com a Sra. Maria Rita da Silva Melo e com ela teve oito filhos os quais, as duras penas os criou. Quando foi inciada a construção da rodoviária, ele ficou triste por perder o lugar onde há tanto tempo ganhou o seu pão, mas iniciou a retirada de areia um pouco mais pra baixo e assim tocou sua vida modesta, mas com muita honestidade e esforço. Quase todo dia visitava a “Bica Santa” localizada nas mediações de sua casa, ali também sua esposa lavava roupas, malas e malas de roupas e seu marido e filhos faziam as entregas. Sua vida foi marcada por muita dedicação, sua marca sem dúvidas foi que, apesar das dificuldades do dia a dia, dedicou a vida à sua família. Zé da areia faleceu aos 83 anos no dia 25 de julho de 2.004 e está sepultado no túmulo 564 – Quadra 08 – Cemitério Parque da Saudade. 

 História - João Carlos Vespúcio

quarta-feira, 22 de abril de 2015

HISTÓRIAS - COVEIROS DO SANTÍSSIMO


João Francisco Borges (Sô Joãozinho), era pedreiro e trabalhava para o Coronel José Justino. Foi o Coronel quem fez a doação do lote para construção do cemitério do Santíssimo, doando também um pedaço para a construção da casa do Só Joãozinho, ali conseguiu criar os seus sete filhos. Não recebia salários, vivia de doações de familiares os quais ele fazia o sepultamento. Usava da sua boa comunicação, apesar de analfabeto conseguia realizar os sepultamentos, na época não viam necessidade de registros, cada família se preocupava com seu túmulo. Os túmulos vinham da Itália, tinham adereços muito bonitos e trabalhados. Sô Joãozinho faleceu no dia 01 de fevereiro de 1977.




Francisco Dantas - Chico D’Lica, casado e pai de sete filhos, trabalhou no Cemitério do Santíssimo foi pedreiro e coveiro por 48 anos, por muito tempo sem salário fixo, na época o cemitério era coordenado pela igreja e párocos. Homem carismático, com um sorriso pronto a consolar, construiu muitas amizades e hoje causa saudade pela sua bondade, seu desprendimento e seu jeito impar de contar causos. Faleceu em 13 de setembro de 1999.




Joaquim Dantas (Quinca), casou-se já aos 50 anos e ficou viúvo muito cedo, morou sempre com seu irmão Chico da Lica, aprendeu o ofício de coveiro com seu pai, trabalhou por 56 anos dentro do Cemitério, constando assim seu nome no Livro Guinness Book por ser o coveiro com mais tempo de serviço dentro de um cemitério. Por ser analfabeto, registrava os sepultamentos e os túmulos somente em sua memória e não apresentava dificuldade em encontrá-los. Tinha um semblante triste, dizem sistemático, porém exercia suas atribuições com muita presteza, amor e respeito. Faleceu em 23 de setembro de 2003. 

Histórias/memorias - João Carlos Vespúcio

NORMINHA DE LOURDES - Diz a história que uma criança de aproximadamente 05 anos, na década de 50, morava com seu pai e sua mãe. Era uma família que vivia bem, até que sua mãe veio a falecer e aquela criança pequena e indefesa, com a morte de sua mãe ficou somente na companhia do pai. O pai por sua vez, casou-se novamente acreditando ter encontrado uma pessoa que iria contribuir para a criação, educação e vivência de sua filha. Porém, a realidade para NORMINHA, aquela criança pequena e indefesa foi de muita tristeza, sofrimento e tortura. Contavam que, o pai saía todos os dias para o trabalho e que ela ficava na companhia de sua madrasta, a mesma não gostava da criança e por isso lhe deixava faltar cuidados e por maldade não lhe dava alimentos, banhos, atenção. Diziam que, quando o pai chegava do trabalho, NORMINHA reclamava fome e cansaço e a madrasta dizia que a criança era muito gulosa e queria sempre muito. O pai por acreditar cegamente na companheira, acabava por acreditar em tudo que ela dizia. Esse fato, as reclamações, se repetia todos os dias, pois ao se encontrar com o pai, NORMINHA clamava sempre por fome e cansaço. O pai já cansado do trabalho e de tantas reclamações resolveu por fim a este incômodo, pois não agüentava mais ver a filha e a companheira reclamarem. O pai então, pegou NORMINHA a levou até um lugar baldio (mediações do Patronato São Luiz), com um garfo, em uma situação até inacreditável, porém verdadeira, deu fim à vida de sua filha. No momento da Tragédia, o pai, segundo contam, disse: “... NORMINHA Isso é para você deixar de ser gulosa...” e com um garfo deu fim à vida de sua filha, que segundo informações, morreu com fome. Contam ainda que esta história chocou Formiga e que desde esta morte trágica, muitas pessoas pedem e recebem graças por interseção de NORMINHA. As pessoas principalmente crianças visitam o túmulo dela, rezam, colocam bala, doces, velas e pedem graças. O interessante desta triste história (hoje também observado e constatado por este setor) é que todas as vezes que se colocam bala, doces em seu túmulo, somem-se as balas e os papéis permanecem conforme colocados. Apesar desta triste história de sofrimento, tortura é sabido que muitas pessoas já receberam graças e que seu túmulo é visitado diariamente por muitas pessoas, geralmente crianças. O setor da Funerária e Cemitérios Municipais registra esta história baseada em conversas informais, revelações de pessoas que disseram ser devotos e receber graças desta criança, pequena e indefesa que se chamavam: NORMINHA. O túmulo de NORMINHA DE LOURDES se encontra no Cemitério do Santíssimo, nº 627 , quadra D em Formiga- MG.

História - João Carlos Vespúcio
BUCK JONES - Seu nome era Aristeu Jesuino Bastos nascido em 03 de setembro de 1906. Era filho de Maria Tereza Pereira. Nasceu e morou no alto da Rua Nova. Tinha estatura baixa, cor branca, fala mansa e era conhecido pela alcunha de “Buck Jones”, pois achava-se semelhante ao ator americano Charles Frederick Gebhart ator de diversos filmes de faroeste. Fora do horário de trabalho vestia-se constantemente a caráter, roupa de cowboy, chapéu e botas de vaqueiro, lenço vermelho no pescoço com presilha cabeça de boi, cinturão, coldre e réplica de revólver na cintura. Era pedreiro e ainda trabalhava como bico na portaria do Cine Glória. Assistia podia assistir aos filmes de faroeste gratuitamente e comentava as cenas do filme com todos que encontrava. Dizem se quisesse saber como era o filme ser ir ao cinema, bastava conversar com ele. Muito prevenido, ele próprio construiu seu túmulo no Cemitério do Rosário, colocando a sua lápide e com freqüência ia lá fazer suas orações antecipadas para sua alma, além de dar manutenção na sua propriedade. Em testamento pediu para sepultá-lo com a sua indumentária de cow-boy. Ele morreu aos 70 anos, em 12 de julho de 1977 e foi sepultado no Cemitério Rosário, tumulo 18, quadra “ A ”.

História - João Carlos Vespúcio

PECÔ - Vicente Bento Palhares, conhecido pelo apelido de “PECÔ”, nasceu em 22 de janeiro de 1920, foi o sexto filho do Sr. João Bento Palhares e Dona Rita Maria de Jesus. Ilustre cidadão formiguense, na sua juventude foi um habilidoso jogador de futebol, chegando a atual no time do Cruzeiro Futebol Clube na década de 1940, em nossa terra atuou no Vila Esporte Clube, onde ajudou o clube a conquistar importantes títulos. Pessoa honrada, trabalhou por diversos anos na antiga fábrica de bonecos de papelão e mais tarde foi trabalhar na antiga fábrica de macarrão Pieroni. Brincalhão, cheio de vida e inúmeras amizades, conquistou da população formiguense o carinho e o respeito, reunia sempre com amigos para jogar truco na praça. Morava na antiga Rua Esmeralda, hoje com a denominação de Rua José de Faria Castro, casado com a Sra Margarida Rodrigues Palhares com quem teve 05 filhos. Faleceu aos 83 anos de idade, no dia 25 de novembro de 2003 e esta sepultado no Cemitério Parque da Saudade, Túmulo 711 - Quadra 07.

História - João Carlos Vespúcio

Lelé - Seu nome de batismo era José Natal dos Santos, pois nasceu às vésperas do natal de 1926. Era filho de Franklin Jose dos Santos e Francisca Maria de Jesus. Nasceu e morou quando criança na Loreta, zona rural de Formiga. Ao mudar para a cidade veio morar no bairro do Quinzinho, próximo ao Vila Esporte Clube, sua paixão pelo time era tamanha que não perdia nenhum treino e nenhum jogo do clube. Tinha estatura baixa, cor branca, amável e indefeso e era conhecido pela alcunha de “Lelé”, gostava muito das pessoas que lhe dava atenção. Quando criancinha tomou uma rajada de vento frio, o que provocou enrijecimento nos membros superiores e inferiores e dificuldades na fala durante toda a sua vida, mas gozou de uma boa saúde e excelente memória. Sabia a data dos aniversários e endereços de todos os que com ele convivia como também dos resultados dos jogos, nome dos todos os jogadores que passaram pelo seu time de coração. Queria chateá-lo era dizer que o Vila morreu, aí ele respondia “Viva o Vila e nun incha não”. Não gostava de andar de sapatos, mas queria agradá-lo era dar-lhe café e queijo. Era um apaixonado pela sua terra natal, e numa ocasião a família mudou de cidade e insatisfeito, ele fugiu de lá e voltou a pé e todos tiveram que vir morar novamente em Formiga. Faleceu em 21/10/2000 e está sepultado no Cemitério do Santíssimo, Túmulo 975 – Quadra E.

História - João Carlos Vespúcio


ZICO BABÃO - Seu nome era José Cândido.Rabelo, filho de José Cândido Rodrigues e Hermínia do Carmo Velosa, Nascido em Ibía MG, em 24 de novembro de 1912. Tinha o apelido de “Zico da Prefeitura” , mas a seu gostar excessivo pelos prefeitos com quem trabalhava, ganhou a alcunha pejorativa de “Zico Babão”. Tinha uma paixão pela cidade e muito zelo pelo patrimônio publico, cuidava das pracinhas como ele só. Vestia-se sempre com uma camisa xadrez, chapéu preto de abas grandes, um canivetão pendurado na cintura com um molho de chaves. Em datas festivas, andava a caráter, com farda de guarda municipal. Tinha estatura alta, meio curvado, meio calado, mas comunicativo nos momentos certos. Seu veículo era uma bicicleta inglesa “philips” bem cuidada, emplacada, ainda uma caixa de ferramentas onde se deslocava facilmente para cuidar das praças e ruas. A criançada que perambulava pelas pracinhas tinha medo dele, pois diziam que andava com um facão e tinha ainda um boato maldoso de era para “castrar menino sem educação” e quando as crianças o avistava gritavam: “ô Zico Babão”! Largavam tudo e saiam todos correndo para tudo quanto era lado, deixando seus pertences espalhados pelo chão. Era um servidor muito dedicado, querido e respeitado na prefeitura, pois, apesar de não aceitar o seu apelido, era amigo de todos que o respeitavam. Sabe-se que quase todas as arvores as margens do rio formiga foram plantadas por ele. Casado com D. Lina, tinha uma filha com deficiências físicas, dava lhe toda a atenção necessária e a levava em todas as festividades da cidade, carregando-a em sua bicicleta philips. Ele morreu aos 76 anos, em 30 de maio de 1989 e foi sepultado no Cemitério do Rosário, tumulo 113, quadra “B”.

História - João Carlos Vespúcio