terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

TRABALHO...



Cemitério Parque da Saudade, onde a paz esta sempre presente...

FUNCIONÁRIOS






COM ESTA EQUIPE QUE FAZ A DIFERENÇA, TRAZEMOS AO MUNICÍPIO GRANDES BENEFÍCIOS.

SALA DE ORNAMENTAÇÕES.


Com estrutura de primeira, dará aos funcionários da FUNERÁRIA MUNICIPAL, mais satisfação e segurança nos trabalhos realizados.

Curiosidades.


As curiosidades existentes nos cemitérios é algo realmente de uma beleza e riqueza sem fim.
Este túmulo localizado no Cemitério do Rosário, foi feito com toda a armação importada, na epóca era comum as pessoas fazerem seus tumulos importando peças como:
as grades (igual a do retrato), cruzes belissimas e até o marmoré utilizado na construção do túmulo, temos exemplos disto no Cemitério do Rosário e do Santíssimo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MARIA RODRIGUES FURTUOSA


(A mulher que foi enterrada viva em Formiga)

Aluisio Veloso da Cunha

Era natural de Ribeirão Vermelho-MG, e foi casada com João Pinto da Cunha, ferroviário da RMV – Rede Mineira de Viação, (extinta Rede Ferroviária Federal e hoje Ferrovia Centro Atlântica). O casal transferiu o domicilio para Formiga para trabalhar nas oficinas da Rede, já que era um ferreiro qualificado.

Por ocasião do parto do primeiro e único filho de Maria Rodrigues, ela foi acometida por “eclampsia”, ou seja, acesso de convulsões e muita febre, seguido de coma, manifestada em parturientes.

Este fato aconteceu em 1909, ocasião que a cidade de Formiga viva a epidemia da Varíola, popularmente apelidada de “bexiga preta ou simplesmente bexiga”, quando diversas pessoas já haviam tido a doença seguido de mortes.

Suspeitaram que a febre que ela sofria tinha os mesmos sintomas da varíola, aí preocupado com a contágio da doença que se espalhava, resolveram enterrá-la viva, antes mesmo da morte ter sido consumada, em uma cova bem atrás do cemitério do Santíssimo (hoje rua João Caetano) e quando constataram o engano já era tarde!

Com o passar do tempo, sabendo do engano acontecido, levaram o povo a rezar pela sua alma, pedir a sua intercessão, e graças começaram a ser recebidas. O costume de visitar a sepultura foi se difundindo e diariamente, inúmeras pessoas visitam o local, onde oram e pedem por intermédio da alma de Maria Rodrigues Furtuosa. Hoje, 100 anos depois do acontecido, são atribuído diversos milagres com a interseção de sua alma.

Maria Rodrigues deu a luz a um menino, que se chamou Manoel Pinto da Cunha . A família dela, ao tomar conhecimento do fato, preocupou em levá-lo para Ribeirão Vermelho, onde moravam seus familiares, pois temiam que ele fosse contaminado pela “bexiga preta”. A viagem foi feita pelo “noturno”, trem de ferro que circulava à noite, meio de transporte coletivo da época. Manoel cresceu ao lado de seus familiares e constituiu família naquela cidade...

História - João Carlos Vespucio

HISTÓRICO CEMITÉRIO DOS BEXIGUENTOS


Em uma localidade chamada “LAGOA DO FUNDÃO”, neste município, ponto turístico da cidade, aconteceu um fato curioso, há aproximadamente 100 anos, onde uma família composta de pai, mãe, uma senhora (supostamente irmã de D. Carmelita) e uma criança e ainda um empregado que morava ali, foram sepultados em um cemitério construído por eles mesmos, onde futuramente seriam inevitavelmente enterrados, pois se tratava de um isolamento por motivo de uma doença contagiosa, a varíola, doença, febre da bexiga, diziam antigamente.
Conta a história o Sr. José Ramos da Silva Filho, que seu pai José Ramos da Silva e sua mãe Sra. Maria Rosa de Jesus, moravam no sítio, onde está localizado o cemitério. Sua mãe, a Sra. Rosa de Jesus herdou o sítio e as terras com a morte de sua mãe Carmelita Rosa de Jesus.
Segundo o Sr. José Ramos, conhecido José Raminho, estão enterrados no Cemitério: o Sr. Francisco Hilarino de Jesus, a Senhora Carmelita Rosa de Jesus, mais duas pessoas da família e um empregado que vivia ali.
Ainda, segundo o Sr. José Raminho, que nasceu, cresceu e mora ali até hoje, com 77 anos, a história que ele conhece é que sua mãe contava que a família toda foi criada ali, que seus avós tiveram uma doença contagiosa, foram enterrados e ninguém podia ter contato, que quando criança ele e seus irmãos visitavam o lugar, ficavam à distância com medo do contágio e que se casou com D. Luzia Souto da Silva, vivendo ali, criou seus 06 filhos e 06 netos. D. Luzia por sua vez, tomou conhecimento da história repassou aos filhos e sempre fazia suas visitas, sempre acompanhada do marido e filhos, faziam capinas, orações, colocava flores, ascendia velas, mas sempre mantendo a distância do túmulo.
Ainda fazendo parte da história, encontramos a Sra. Hilda dos Santos, neta de D. Carmelita, filha de Franklin José dos Santos e Francisca Maria de Jesus (filha de D. Carmelita) que contou ter conhecimento desta história, ter crescido e vivido com a lembrança da mãe contar que também teve a doença, porém não morava mais lá no lugar, havia se casado e mudou-se para próximo do município. A mãe contava que a família foi a um casamento, naquela época, andavam era de carro de boi e quando chegaram tiveram uma febre e começaram a brotar as feridas. Na época, não havia nem remédio, nem médicos. D Hilda contou que o Sr. Henrique Braga, então farmacêutico da época, criou um código com a família. Por eles terem que ficar isolados, escreviam em um papel as necessidades, contava o que estavam sentindo,colocavam o papel dentro de uma capanga, que era colocada todas as manhãs na porteira na frente do sítio, passava uma pessoa da cidade recolhia a capanga entregava para o Sr. Henrique que tomava as providências e mandava de volta a capanga que era colocada no mesmo lugar e recolhida à tarde por alguém da família.Esse fato aconteceu por muitas vezes, até o falecimento de todos que estavam ali.
D.Hilda contou ainda que a mãe ficou com marcas da varíola por todo o corpo, porém morreu em 07 de setembro de 1992 com problemas do coração. Disse que a sua mãe cuidou da varíola com um procedimento estranho, ela apanhava um espinho da laranjeira, desinfetava com álcool e estourava as feridas até elas secarem. Segundo ela, a mãe e toda família sofreram muito.
D. Hilda relatou que ela e seus 05 irmãos cresceram sabendo desta história e que todos visitavam o cemitério, levavam flores, acendiam velas, porém não podiam chegar próximo ao túmulo. Disse ainda, que seu irmão, o José dos Santos, o Lelé, conhecidíssimo de todos os formiguenses era o que mais gostava de ir lá, adorava sair escondido , passava pelo rio, caía na água , ia pelo caminho cantando, apanhando flores para colocar no túmulo da avó, fazia suas orações, brincava por ali, longe do túmulo, pois sabia que não podia chegar próximo, depois voltava pelo mesmo caminho, ele se divertia muito, foram muitos anos assim, disse D. Hilda.
D.Carmelita teve 07 filhos que sobreviveram à doença, mas que hoje estão mortos, restando apenas netos como o Sr. José Ramos da Silva Filho, suas irmãs Silva Maria da Silva, Divina Ramos da Silva, filhos de D. Rosa e Hilda dos Santos e sua irmã Ana Marta dos Santos, filhas de Francisca.
Segundo os primos, Hilda e José Ramos, a história foi de muito sofrimento para eles, pois cresceram sabendo da triste e sofrida vida de seus antepassados e ainda por muitos anos tiveram medo do contágio.
Hoje, ficam felizes de saber da preocupação da administração em resgatar a história, em preservar o lugar, melhorando as condições do espaço físico, conservando sua estrutura e acima de tudo registrando na história de Formiga fatos importantes de nossas famílias.
Assim, com apoio da administração Aluisio Veloso, prefeito e João Carlos Vespúcio, chefe da Funerária e Cemitérios Municipais, está resguardada a história do Cemitério dos Bexiguentos.

História - João Carlos Vespúcio

HISTÓRICO ESCRAVO ADÃO


Tudo começou em uma localidade chamada “Capoeira do Adão”.
Poucas coisas existiam ali: matos, florestas, flores, muito verde, terra a sumir de vista.
Conta-se que, faz parte da História do Município de Formiga, que, antigamente, existia uma febre (doença da bexiga) que matava muita gente, pouco se sabia como cuidar, muito menos, remédios não existiam.
A lenda ainda conta que, onde a pessoa com essa febre morria , teria que ser enterrada.
Assim, segunda a Sra. Lavínia Costa Almeida, Vininha do Bel, esposa do Sr. Bento Gomes de Almeida, Senhor Bel, conta que o seu sogro, o Sr. Hermínio de Almeida, casado com a Sra. América Francisca de Jesus, morava em um sítio, onde ainda é da família, na localidade denominada “Capoeira do Adão”, que um fato curioso aconteceu... um Sr. Vinha pelo caminho de carro de boi, teve essa dita febre, veio a falecer e por ali foi enterrado. Nesta época, há mais ou menos cem(100) anos, próximo a um barranco nesta localidade, onde supostamente ele teria sido enterrado foi colocada uma cruz que seria referência da lembrança de uma morte, para que todos que ali vivessem e passassem, soubessem do acontecido.
No barranco havia um número, hoje esquecido pela Sra. Vinhinha do Bel que marcava a data de seu falecimento.
Segundo a mesma, não se sabia ao certo seu nome, nem parentesco, posteriormente foi dado esse nome, dito até hoje, ESCRAVO ADÃO, relacionando o nome à referência da localidade: “CAPOEIRA DO ADÃO.”.
Durante algum tempo, segundo D. Vininha do Bel, o povo falava ser um lugar assombrado, mas para ela e muitos fiéis que freqüentavam ali, nada disso acontecia.
Muitas pessoas visitavam o lugar, como a Sra. Henriqueta Maria da Conceição e sua filha Margarida Santos Borges. D. Henriqueta era moradora há mais de 80 anos, na Rua Travessa Expedicionários, próximo ao posto São Vicente, muito querida por todos da redondeza, na época chamada Rua da Ritoca. Morreu em 14 de setembro de 1992, com 106 anos . Conta a Sra. Zulmira Maria da Conceição, filha de Henriqueta e irmã de Margarida, que vive na mesma casa até hoje, que as duas tinham uma fé muito grande pelo Escravo Adão e que durante aproximadamente 50 anos visitavam semanalmente o lugar, para elas sagrado, levavam flores e ascendiam velas. A mesma informou que Margarida tinha como desejo construir uma capela próxima ao lugar para santificar aquela alma que, para ela e sua família, era de extrema devoção.
Ainda segundo a Sra. Lavínia (Vininha do Bel) o lugar não tinha nada de assombrado, foi ali que ela, por 61 anos, passou diariamente, onde seu marido e irmãos foram criados e ela, posteriormente criou seus 09 filhos, netos e bisnetos e o lugar continua em poder de toda a família.
Para a Sra. Lavínia (Vininha do Bel) o lugar continua sendo um templo sagrado que transmite uma serenidade, é visitado e lembrado. São gerações que ali estiveram e que hoje,a partir deste histórico não deixará de ser lembrado, como um fato tão marcante e relevante da história de Formiga.
E é por esses motivos que a Administração Aluísio Veloso, prefeito do município e João Carlos Vespúcio, chefe do setor da Funerária e Cemitérios Municipais está resguardando a história do “ESCRAVO ADÃO”, preservando o ambiente, melhorando seu aspecto físico, arborizando a localidade, registrando sua história, evidenciando os fatos, para que as novas gerações conheçam mais este fato curioso da história de Formiga.

História - João Carlos Vespúcio